Erico Veríssimo (1905-1975)

ISBN: 978-65-00-51398-1

  Erico Lopes Veríssimo nasceu na pequena cidade Cruz Alta, em 17 de dezembro de 1905. Foi romancista, contista, novelista, tradutor e editor. Escreveu para vários jornais e revistas, entre eles o Correio do Povo e o Diário de Notícias, e a Revista do Globo, respectivamente. Encontra-se, ainda, colaboração da sua autoria na revista luso-brasileira Atlântico.

  Seus pais eram o farmacêutico Sebastião Veríssimo da Fonseca (1880-1935), dono da Farmácia Brasileira na cidade de Cruz Alta, e Abegahy Lopes Veríssimo (?-1963), dona de casa e costureira. Ambos vindos de famílias de prestígio na área, eram leitores, ainda que sua mãe não se dedicasse à leitura como seu pai. Era irmão mais velho de Ênio e de Maria, filha adotiva do casal Sebastião e Abegahy. Residiam em um casarão, nos fundos da Farmácia Brasileira, que servia também como hospital da cidade, em que eram realizadas cirurgias. Quando criança, aprendeu a ler em casa e mais tarde passou a frequentar a Aula Mista da dona Margarida Pardelhas e o Colégio Elementar Venâncio Aires. Foi um aluno comportado, frequentador do cinema da cidade e observava o movimento da Farmácia Brasileira, por vezes escondendo-se para assistir aos atendimentos. Por volta dos 10 anos, criou a revista Caricatura, com seus desenhos e pequenas notas. Aos 13 anos já lia autores nacionais, como Aluísio Azevedo e Joaquim Manuel de Macedo, e estrangeiros, como Walter Scott, Émile Zola e Fiódor Dostoiévski.

   Em 1920, foi matriculado no Colégio Cruzeiro do Sul, internato de orientação protestante de Porto Alegre. Com boas notas e texto fluente, Veríssimo foi convidado a contribuir como redator com o jornal do colégio, intitulado Pindorama. Ainda adolescente, dominava a língua inglesa. Seus pais se separaram no ano de 1922 e Erico Veríssimo abandonou o Colégio Cruzeiro do Sul, sem finalizar os estudos, para começar a trabalhar como balconista no armazém de seu tio, a fim de ajudar com as despesas da casa, pois foi morar com sua mãe e irmãos na casa dos avós maternos. Entre idas e vindas entre Cruz Alta e Porto Alegre, depois de passar por alguns empregos, começou a trabalhar como secretário da Revista do Globo, após mentir sobre possuir habilidades de tipografia. Em 1932 foi promovido a diretor do principal impresso da casa editora, que também começava a publicar as primeiras obras de Veríssimo. A partir desse episódio, o escritor gaúcho passou a trabalhar na redação durante o dia, a traduzir livros do inglês para o português durante a noite e a escrever seus romances nos horários de folga, normalmente nos finais de semana.

Figura 1 – Capa do livro Fantoches (1932). Acervo da autora.

   Foi também em 1932 que Erico Veríssimo teve publicado seu livro de estreia, Fantoches, uma coletânea de contos, que não teve grande sucesso, mas que tampouco deu prejuízo graças a um incêndio no armazém em que os exemplares não vendidos estavam. Já em 1933, traduziu o célebre livro Contraponto (Point Counter Point), de Aldous Huxley, e publicou seu primeiro romance: Clarissa, cujos sete mil exemplares foram vendidos em cinco anos. Seu segundo romance, Caminhos Cruzados, publicado em 1935, chegou a ser considerado subversivo pela Igreja Católica e pelo Departamento de Ordem Pública e Social, levando seu autor a ser interrogado pela polícia a respeito de sua orientação política.

   A Editora Globo era, na época, uma promotora cultural responsável por diversos outros periódicos, além da Revista do Globo. Na casa editora, Erico Veríssimo conviveu com escritores e demais intelectuais do Rio Grande do Sul. Casou-se com Mafalda Halfen Volpe e sua primeira filha nasceu em 1935, mesmo ano de falecimento de seu pai, Sebastião Veríssimo. Seu segundo filho nasceu em 1936, ano em que o escritor publicou dois romances que são continuações de ClarissaMúsica ao Longe, pelo qual ganhou o Prêmio Machado de Assis, principal prêmio literário brasileiro, oferecido pela Academia Brasileira de Letras – ABL –, e Um Lugar ao Sol.

   Contribuiu com a imprensa local e colaborou com os impressos Diário de Notícias e Correio do Povo, periódico no qual editou uma página feminina, com o título de A Mulher e o Lar, e que, conforme narrado em sua autobiografia, publicou “crônicas e versos mundanos, receitas culinárias, modas, tudo sempre com a prestimosa colaboração da tesoura e do pote de grude” (VERÍSSIMO, 2005, p. 254). Em 1935, com seus livros sendo publicados com mais facilidade, ainda que a escrita fosse dificultada pelas horas dedicadas à Revista do Globo e às traduções para a Editora Globo, Erico Veríssimo se tornou pai da menina Clarissa e ajudou a fundar a Associação Rio-Grandense de Imprensa – ARI.

   Em 1938 foi eleito presidente da Associação Riograndense de Imprensa – ARI, com o objetivo de defender os interesses dos jornalistas, intelectuais e trabalhadores das empresas de comunicação. Entre as ações desenvolvidas, conclamava os profissionais de imprensa do Rio Grande do Sul a se aliarem à ARI, e a lutarem pela liberdade de imprensa. Em sua gestão à frente da ARI, muitos jornalistas foram perseguidos e presos, com base na Lei de Segurança Nacional. Diante disso, Erico Veríssimo interveio buscando a liberdade dos colegas ou melhores condições, quando não era possível a libertação. Além disso, oferecia assistência às famílias dos presos políticos. Sua produção para jornais, revistas e periódicos entre 1929 e 1939 é considerável, somando, de acordo com levantamento apresentado em estudo por Hohlfeldt e Strelow (2004), 13 textos de ficção e 35 textos entre crônicas e artigos. Ainda em 1938, publicou sua primeira obra de repercussão nacional e internacional, Olhai os Lírios do Campo, cujo título foi baseado no Sermão da Montanha. Também assumiu a função de conselheiro literário da Editora Globo, selecionando, ao lado de Henrique Bertaso, mais escritores estrangeiros, como Thomas Mann, Virginia Woolf, Balzac, entre outros, para serem traduzidos, e participando da criação das coleções Nobel e Biblioteca dos Séculos, que obtiveram grande sucesso.

   Em 1940, depois do sucesso de Olhai os Lírios do Campo, Erico Veríssimo publicou Saga, considerado pelo próprio autor como seu pior romance. Próximo ao final deste ano, Veríssimo foi surpreendido com o convite do Departamento de Estado norte-americano para ministrar uma série de conferências sobre a literatura brasileira. Tal convite fazia parte do Programa de Boa Vizinhança, instituído pelo então presidente Franklin Roosevelt e a escolha por Veríssimo não foi por acaso, pois era ele falante da língua inglesa, se identificava com os princípios democráticos e era um escritor com certa popularidade e relevância por já ter publicado livros para crianças. Além de ministrar as palestras, era esperado que Veríssimo escrevesse livros infantis sobre os Estados Unidos, o que não aconteceu. Então, em 1941, realiza sua primeira viagem aos Estados Unidos da América para conhecer o país e proferir conferências, em uma estada financiada pelo Departamento de Estado.

   De volta ao Brasil, em um passeio com seu irmão, Ênio, pela Rua da Praia, importante rua da cidade de Porto Alegre, Erico Veríssimo testemunhou a queda de uma mulher do alto de um prédio. Dois anos depois, publicou o romance O Resto É Silêncio, cujo ponto de partida é o suicídio de uma mulher que se atira de um edifício. O livro recebeu fortes críticas do clero.

   Já na segunda viagem aos Estados Unidos, em 1943, sua família o acompanhou e o escritor lecionou Literatura Brasileira na Universidade da Califórnia, em Berkeley. Tal viagem aconteceu, também, devido a problemas com a Igreja Católica, após a publicação de O Resto É Silêncio, e com a política de Getúlio Vargas. Em 1944, recebeu o título Doutor Honoris Causa, pelo Mills College, de Oakland, Califórnia, onde dava aulas de Literatura e História do Brasil.

   A partir de 1947, Erico Veríssimo começou a escrever a trilogia O Tempo e o Vento. A ideia inicial era reunir duzentos anos da história do Rio Grande do Sul (1745 a 1945) em um único volume; todavia, no final, foram escritos três volumes, totalizando 2,2 mil páginas. O primeiro volume, O Continente, foi publicado em 1949 e marca o momento mais importante da carreira do autor. De O Continente saíram alguns personagens primordiais e bastante populares entre seus leitores, como Ana Terra e o Capitão Rodrigo Cambará.

   Em 1950, Erico Veríssimo começou a escrever o segundo volume de O Tempo e o Vento, intitulado O Retrato, publicado no ano seguinte. Em 1952, tentou escrever o terceiro e último volume da trilogia, mas acabou publicando Noite em 1954, que fez mais sucesso fora do Brasil. No mesmo ano, foi agraciado com o prêmio Machado de Assis, pela Academia Brasileira de Letras.

   Seu retorno aos EUA aconteceu em 1953, a fim de dirigir o Departamento de Assuntos Culturais da União Pan-Americana. Esse período de trabalho, que durou de 1953 a 1956, na União Pan-Americana se deu a partir do convite de João Neves da Fontoura, Ministro das Relações Exteriores da época, e em substituição a Alceu Amoroso Lima.

  Em 1961, Erico Veríssimo sofreu o primeiro infarto do miocárdio. Após um período de repouso absoluto, voltou a trabalhar na obra O Arquipélago, cuja entrega para publicação, em 1962, aconteceu antes de sua viagem à Grécia com a esposa.

   Em 1965, publicou o romance O Senhor Embaixador, no qual refletiu sobre os descaminhos da América Latina. Ganhou, na categoria “romance”, o Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira de Livros (CBL). O referido prêmio foi idealizado por Edgard Cavalheiro, quando presidia a CBL, e criado em 1959 com o interesse de premiar autores, editores, ilustradores, gráficos e livreiros que mais se destacassem a cada ano.  No início, constavam apenas sete categorias: Literatura, Capa, Ilustração, Editor do Ano, Gráfico do Ano, Livreiro do Ano e Personalidade Literária. Mais tarde, o prêmio incorporou outras categorias que envolviam a criação e a produção de um livro.

   Publicou uma breve autobiografia em novembro de 1966 na revista Realidade. Intitulada O escritor diante do espelho (incluída na edição da Ficção Completa, v.3, Rio de Janeiro: ed. Aguilar, 1967), nela o autor tratava de assuntos que instigavam a curiosidade de seus leitores, como sua recepção da crítica que o chamava de erótico e pornográfico, acerca de seu posicionamento sobre Deus ou sobre política, entre outros assuntos. Tal autobiografia foi ampliada mais tarde, resultando nos dois volumes de Solo de clarineta.

   Em 1967 recebeu o prêmio Troféu Juca Pato, como Intelectual do Ano, concedido pela Folha de São Paulo e pela União Brasileira de Escritores – UBE. De acordo com site da UBE, o Prêmio Intelectual do Ano não é um prêmio literário, mas uma láurea conferida à personalidade que, havendo publicado livro de repercussão nacional no ano anterior, tenha se destacado em qualquer área do conhecimento e contribuído para o desenvolvimento e prestígio do País, na defesa dos valores democráticos e republicanos. Por valores democráticos, entende-se o direito à igualdade, rejeição aos privilégios, aceitação da vontade da maioria e respeito aos direitos da minoria. Por valores republicanos, entende-se o respeito à lei acima da vontade dos homens, ao bem público acima do interesse privado, à responsabilidade no exercício do poder, isto é, o poder visto como um serviço e não como um privilégio.

   No romance Incidente em Antares, de 1971, traçou um apanhado da história do Brasil desde os primeiros tempos e enveredou pelo fantástico, com uma rebelião de cadáveres durante uma greve de coveiros na fictícia cidade de Antares. Em 1972, na comemoração dos quarenta anos de lançamento de seu primeiro livro, relançou Fantoches, com desenhos e notas de sua autoria. Em 1973, publicou o primeiro volume de Solo de Clarineta, sua ampliada autobiografia.

   Erico Veríssimo se intitulava um “contador de histórias”, mas para o escritor, isso era o mais importante. Uma particularidade do autor é a escrita de notas em inglês, que de acordo com sua filha Clarissa, era o idioma escolhido por uma concisão para a fase de planejamento da história. Outra característica de Veríssimo era desenhar as personagens e indicar suas características e graus de relacionamento em um esboço.

   Em 28 de novembro de 1975, na cidade de Porto Alegre, faleceu vítima de um infarto. A morte impediu-o de completar o segundo volume de sua autobiografia, programada para ser uma trilogia, além de um romance que se chamaria A Hora do Sétimo Anjo. No ano seguinte, foi publicado postumamente o segundo volume de Solo de Clarineta, organizado pelo professor e pesquisador do sul do país Flávio Loureiro Chaves.

   Sua vasta produção é de natureza que desafia e divide os leitores. Reflete suas leituras em língua inglesa, principalmente de autores que traduziu – Aldous Huxley e Somerset Maugham – em sua própria obra, mas sem deixar a originalidade. A obra de Erico Veríssimo tem assegurado, ao longo do tempo, sua permanência, sua atualidade e sua influência na literatura brasileira. 

   No âmbito da literatura de viagem produziu Gato Preto em Campo de Neve (1941), A Volta do Gato Preto (1946), México (1957), Israel em abril (1969); todos primando pela vivacidade. Da sua obra de ficção advém seu prestígio: Clarissa (1935), Música ao Longe (1935), Caminhos Cruzados (1935), Um Lugar ao Sol (1936) e Saga (1940) compõem um primeiro ciclo novelesco. O segundo é composto pelos 3 volumes de O Tempo e o VentoO Continente (1949), O Retrato (1951) e O Arquipélago (1962) –, além de O resto é silêncio (1943) e Noite (1954). O ciclo forma um complexo mundo épico, por onde transitam personagens que retratam o povo gaúcho, seja nos momentos de formação do Rio Grande do Sul, seja no ambiente urbano.

   Um terceiro ciclo pode ser pensado por meio dos romances O Senhor Embaixador (1965), O Prisioneiro (1967) e Incidente em Antares (1971), quando as obras ganham nuances políticas com preocupação acerca das conjunturas internacionais. Por fim, as obras autobiográficas Solo de Clarineta, volumes I e II (1973 e 1976), e o livro biográfico Um certo Henrique Bertaso (1975) completam esse escopo de produção do autor.

   Contudo, os escritos de Erico Veríssimo contemplam, também, os públicos infantil e juvenil. As publicações voltadas para o primeiro público somam 8 livros. São eles: As aventuras do avião vermelho (1936), Os três porquinhos pobres (1936), Rosa Maria no castelo encantado (1936), Meu ABC (1936), O urso com música na barriga (1938), A vida do elefante Basílio (1939), Outra vez os três porquinhos (1939) e Gente e bichos – 1956. Já as direcionadas ao público juvenil totalizam 4 livros: A vida de Joana d’Arc (1935), As aventuras de Tibicuera (1937), Viagem à aurora do mundo (1939) e Aventuras no mundo da higiene (1939).

   Acerca de seu posicionamento político, que gerou grandes debates, na época, por muitos acreditarem que Veríssimo não se posicionava, o escritor, na matéria intitulada Um escritor diante do espelho,publicada na revista Realidade (1966), afirmava que, ao longo dos anos, se manifestou de forma clara, coerente e inequívoca sobre os problemas e acontecimentos políticos e sociais, mostrando-se a favor da liberdade e dos direitos do homem, e contra a opressão. Afirmava, ainda, que não tinha talento para a política ativa, mas se enquadrava no campo do humanismo socialista. Para o escritor, o extremismo da esquerda e da direita não passava de faces da mesma moeda totalitária e o centro, quase sempre, era o conformismo, a indiferença e o imobilismo.

   Outras polêmicas giraram em torno da religião, uma vez que o escritor gaúcho se definia como um agnóstico. Seus personagens transitavam entre aqueles que consideravam Deus um grande mistério e aqueles que, radicais, acreditavam que Deus, ainda que existisse, pouco ligava para o mundo e os homens. Aos poucos, a posição adotada pelo escritor passou a ser intermediária, e Erico Veríssimo passou a entender a vida como uma metáfora de Deus, afirmando que Ele não existe fora dos homens e se manifesta através do amor entre eles. A crítica à Igreja e à religião estão presentes em seus livros, por isso vale destacar o embate entre o escritor e a igreja católica quando do lançamento do livro O resto é silêncio, momento em que as discordâncias entre o autor em um padre católico de Porto Alegre foram parar nas páginas dos periódicos em circulação à época. Entretanto, à medida que a igreja avançava e se modificava, as obras de Veríssimo passaram a distingui-la em hierarquia e valorizavam os sacerdotes capazes de conviver e ajudar seus semelhantes, como em O tempo e o vento, O senhor embaixador e Incidente em Antares.

Fontes: VERÍSSIMO, Erico. Solo de clarineta: memórias, Vol. I. 20 ed. São Paulo, Companhia das Letras, 2005 (a). VERÍSSIMO, Erico. Solo de clarineta: memórias, Vol. II. 20 ed. São Paulo, Companhia das Letras, 2005 (b). VERÍSSIMO, Erico. Um certo Henrique Bertaso. Pequeno retrato em que o pintor também aparece. Rio de Janeiro: Companhia das Letras, 2011. VERÍSSIMO, Erico. Um escritor diante do espelho. In: Revista Realidade, Editora Abril, ano I, nº 8, nov. 1966. CARVALHO, Michele Ribeiro de. Memórias de Erico Veríssimo: primeiras leituras ao Solo de Clarineta (1912-1922).187f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2016.

Bibliografia de Erico Veríssimo

Contos

Fantoches

As mãos de meu filho

O ataque

Os devaneios do general

O Navio das Sombras

Chico

Romances

Clarissa – 1933

Caminhos cruzados – 1935

Música ao longe – 1936

Um lugar ao sol – 1936

Olhai os lírios do campo – 1938

Saga – 1940

O resto é silêncio – 1943

O tempo e o vento (1ª parte) — O continente – 1949

O tempo e o vento (2ª parte) — O retrato – 1951

O tempo e o vento (3ª parte) — O arquipélago – 1962

O senhor embaixador – 1965

O prisioneiro – 1967

Incidente em Antares – 1971

Novela

Noite (a publicação em Portugal contém ainda “A Sonata”, uma pequena história sobre um solitário professor de música que se vê transportado ao passado, ao ano de seu nascimento, onde se apaixona por uma bela mulher) – 1954

Literatura infantojuvenil

A vida de Joana d’Arc – 1935

As aventuras do avião vermelho – 1936

Os três porquinhos pobres – 1936

Rosa Maria no castelo encantado – 1936

Meu ABC – 1936

As aventuras de Tibicuera – 1937

O urso com música na barriga – 1938

A vida do elefante Basílio – 1939

Outra vez os três porquinhos – 1939

Viagem à aurora do mundo – 1939

Aventuras no mundo da higiene – 1939

Gente e bichos – 1956

Narrativas de viagens

Gato preto em campo de neve – 1941

A volta do gato preto – 1946

México – 1957

Israel em abril – 1969

Autobiografias

O escritor diante do espelho – 1966 (em “Ficção Completa”)

Solo de clarineta – Memórias (1º volume) – 1973

Solo de clarineta – Memórias 2 – 1976 (ed. póstuma, organizada por Flávio L. Chaves)

Ensaios

Brazilian Literature – an Outline – 1945

Mundo velho sem porteira – 1973

Breve história da literatura brasileira – 1995 (tradução de Maria da Glória Bordini)

Biografia

Um certo Henrique Bertaso – 1972

Compilações

Suas obras foram compiladas em três ocasiões:

Obras de Érico Veríssimo – 1956 (17 volumes)

Obras completas – 1961 (10 volumes)

Ficção completa – 1966 (5 volumes)

Traduções realizadas por Erico Veríssimo

Romances

O sineiro (The Ringer), de Edgar Wallace – 1931

O círculo vermelho (The Crimson Circle), de Edgar Wallace – 1931

A porta das sete chaves (The Door with Seven Locks), de Edgar Wallace – 1931

Classe 1902 (Jahrgang 1902), de Ernst Glaeser – 1933

Contraponto (Point Counter Point), de Aldous Huxley – 1934

E agora, seu moço? (Kleiner Mann – was nun?), de Hans Fallada – 1937

Não estamos sós (We Are Not Alone), de James Hilton – 1940

Adeus Mr. Chips (Goodbye Mr. Chips), de James Hilton – 1940

Ratos e homens (Of Mice and Men), de John Steinbeck – 1940

O retrato de Jennie (Portrait of Jennie), de Robert Nathan – 1942

Mas não se mata cavalo? (They Shoot Horses, Don’t They?), de Horace McCoy – 1947

Maquiavel e a dama (Then and Now), de Somerset Maugham – 1948

A pista do alfinete novo (The Clue of the New Pin), de Edgar Wallace – 1956

Contos

Psicologia (Psychology), de Katherine Mansfield – 1939 (Revista do Globo)

Felicidade (Bliss), de Katherine Mansfield – 1940

O meu primeiro baile (Her First Ball), de Katherine Mansfield – 1940 (Revista do Globo)

Adaptações da obra de Erico Veríssimo

Para o cinema

Mirad los lirios del campo, Argentina – 1947
Baseado em Olhai os lírios do campo
Direção de Ernesto Arancibia
Roteiro: Túlio Demicheli.
Atores: Jose Olara e Mauricio Jouvert

O sobrado, Brasil – 1956
Baseado em O tempo e o vento
Direção: Cassiano Gabus Mendes e Walter George Durst
Atores: Rosalina Granja Lima e Lima Duarte

Um certo capitão Rodrigo, Brasil – 1970
Baseado em O tempo e o vento
Direção: Anselmo Duarte
Atores: Francisco di Franco e Newton Prado

Ana Terra, Brasil – 1971
Baseado em O tempo e o vento
Direção: Durval Gomes Garcia
Atores: Rossana Ghessa e Geraldo Del Rey

Noite, Brasil – 1985
Baseado em Noite
Direção: Gilberto Loureiro
Atores: Paulo César Pereio, Cristina Aché e Eduardo Tornaghi

O Tempo e o Vento, Brasil – 2013
Baseado em O tempo e o vento
Direção: Jayme Monjardim
Atores: Thiago Lacerda, Cléo Pires, Marjorie Estiano, Fernanda Montenegro

 

Para a televisão

O tempo e o vento, Brasil – 1967
Telenovela baseada no romance homônimo
Adaptação de Teixeira Filho
Direção: Dionísio Azevedo
Atores: Carlos Zara, Geórgia Gomide e outros
TV Excelsior

Olhai os lírios do campo, Brasil – 1980
Telenovela baseada no romance homônimo
Adaptação de Geraldo Vietri
Direção: Herval Rossano
Atores: Cláudio Marzo, Nívea Maria, João Paulo Adour e outros
TV Globo

O resto é silêncio, Brasil – 1982
Minissérie baseada no romance homônimo
Adaptação de Mário Prata
Direção: Arlindo Pereira
Atores: Carmem Monegal, Fernando Peixoto e outros<br

Música ao longe, Brasil – 1982
Minissérie baseada no romance homônimo
Adaptação de Mário Prata
Direção: Edson Braga
Atores: Djenane Machado, Fausto Rocha e outros
TV Cultura

O tempo e o vento, Brasil – 1985
Minissérie baseada no romance homônimo
Adaptação de Doc Comparato
Direção: Paulo José
Atores: Tarcísio Meira, Glória Pires e outros
TV Globo

Incidente em Antares, Brasil – 1994
Minissérie baseada no romance homônimo
Adaptação de Charles Peixoto e Nelson Nadotti
Direção: Paulo José
Atores: Fernanda Montenegro, Paulo Betti e outros
TV Globo

O resto é silêncio, Brasil – 2005
Em teledramaturgia especial da RBS TV Cinco vezes Érico.
Direção: Marcio Schoenardie
Atores: Jairo de Andrade (Antônio Santiago), Cristina Kessler (Nora), Leonardo Barison (Roberto), Ida Celina (Lívia), Luciana Rossi (Joana Karewska), Nadya Mendes (Regina), Rodrigo Pessin (noivo), Marcelo Herrera (policial)
RBS TV

Documentário sobre o autor

Um contador de histórias – 1974
Curta-metragem com direção de David Neves e Fernando Sabino
Narração: Hugo Carvana


Michele Ribeiro de Carvalho

Doutora em Educação pelo ProPEd/UERJ

Crie um site como este com o WordPress.com
Comece agora