Olavo Bilac (1865-1918)

 Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac nasceu no Rio de Janeiro, no dia 16 de dezembro de 1865. Filho do cirurgião do exército, Brás Martins dos Guimarães e de Delfina Belmira Gomes de Paula. O menino só conheceu o pai em 1870, quando retornou da Guerra do Paraguai.

  Seguindo a vontade de seu pai, matriculou-se na Faculdade de Medicina no Rio de Janeiro, mas desistiu no 4º. ano. Tentou o curso de Direito em São Paulo, mas não passou do primeiro ano. Acabou por dedicar os seus talentos como escritor ao jornalismo e à literatura.

  Teve intensa participação na política e em campanhas cívicas, uma das mais famosas foi em favor do serviço militar obrigatório. É o autor da letra do Hino à Bandeira e fundou vários jornais como: A Cigarra, O Meio, A Rua. Substituiu Machado de Assis na seção “A Semana” da Gazeta de Notícias, onde trabalhou por vários anos.

  Fazendo jornalismo político nos começos da República, foi um dos perseguidos por Floriano Peixoto. Teve que se esconder em Minas Gerais, quando frequentou a casa de Afonso Arinos, em Ouro Preto. Ao retornar ao Rio, é preso.

  Em 1891, foi nomeado oficial da Secretaria do Interior do Estado do Rio. Em 1898, inspetor escolar do Distrito Federal, cargo em que se aposentou, pouco antes de falecer. Foi também delegado em conferências diplomáticas e, em 1907, secretário do prefeito do Distrito Federal. Em 1916, fundou a Liga de Defesa Nacional.

  A primeira obra publicada de Olavo Bilac foi Poesias (1888), onde o poeta já demonstra estar identificado com a proposta do Parnasianismo, como comprova seu poema Profissão de Fé. Olavo Bilac tornou-se o mais típico dos parnasianos brasileiros, ao lado de Alberto de Oliveira e Raimundo Correia.

  Olavo Bilac deu preferência às formas fixas do lirismo, especialmente ao soneto. Nas duas primeiras décadas do século XX, seus sonetos de chave de ouro eram decorados e declamados em toda parte, nos saraus e salões literários comuns na época.

  Bilac foi, no seu tempo, um dos poetas brasileiros mais populares e mais lidos do país, tendo sido eleito o “Príncipe dos Poetas Brasileiros”, no concurso que a revista Fon-Fon lançou em 1º. de março de 1913.

  Apesar da reação modernista contra a sua poesia, Olavo Bilac tem lugar de destaque na literatura brasileira, como dos mais típicos e perfeitos dentro do Parnasianismo brasileiro.

  Dedicou os últimos anos de sua vida à propaganda do serviço militar obrigatório. Assim, realizou uma série de conferências em várias capitais do país, procurando participar da vida do seu tempo nas campanhas democráticas e civis.

  Olavo Bilac faleceu no Rio de Janeiro, no dia 28 de dezembro de 1918. Em 2018 é comemorado o centenário da morte do nosso “príncipe dos poetas”.

Bibliografia

Poesias, 1888.

Crônicas e novelas, 1894.

Sagres, 1898.

Crítica e fantasia, 1904.

Poesias infantis, 1904.

Conferências literárias, 1906.
Contos Patreos (para crianças) (1906) com Coelho Netto
Tratado de versificação, com Guimarães Passos, 1910.

Dicionário de rimas, 1913.

Ironia e piedade, 1916.

Tarde, 1919.

Referências

FRAZÃO, Dilva. Olavo Bilac: poeta brasileiro. E Biografia. Disponível em: https://www.ebiografia.com/olavo_bilac/. Consultado em 14/11/2022 às 16h.

Olavo Bilac. Academia Brasileira de Letras – Consultado em 10/11/2022 às 11h https://www.academia.org.br/academicos/olavo-bilac/bibliografia

Olavo Bilac. Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/literatura/olavo-bilac.htm. Consultado em 14/11/2022 às 16h.

Olavo Bilac. Toda matéria. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/olavo-bilac/. Consultado em 16/11/2022 às 11h.

Olavo Bilac. Sua Pesquisa. Disponível em: https://www.suapesquisa.com/biografias/olavo_bilac.htm. Consultado em 16/11/2022 às 11h.


Luiz Fernando da Costa Soares

Bolsista de Iniciação Científica (Cnpq/UERJ)

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